O
cinegrafista Francisco Wanderson, o Chiquinho (na foto à esquerda), estava de folga e retornava de São
Luís na companhia de um amigo policial militar quando através da internet soube
que Bacabal estava sendo invadida por um bando fortemente armado na noite deste domingo (25)..
O que ele
jamais imaginou foi que minutos depois passaria pelo tremendo pesadelo que
horas depois narrou para o Blog do Sérgio Matias. Leia abaixo.
Eu tava vindo de São Luís e ia
chegando na cidade por volta das 22h30, eu vinha com o Klemerson, eu vinha
dirigindo, aí quando o celular dele entrou em área ele começou a ouvir os
áudios do grupo da polícia, a galera pedindo apoio e falando que tava tendo
tiroteio no quartel, daí fomos até perto do Confidence [motel] e voltamos
pro posto de combustível Paizão.
Aí o Klemerson foi ajudar os policiais
e eu fiquei lá com várias outras pessoas, quando deu por volta de meia-noite ou
mais os bandidos chegaram [no posto].
Quando vimos os carros, corremos todo
mundo para cozinha do posto, algumas pessoas subiram uma barreira que tem lá atrás,
daí os bandidos foram pra onde a gente estava e mandou todo mundo para fora, e
quando estava todo mundo lá fora, eles começaram a chamar os homens, eles
estavam em vários carros, mais ou menos uns quatro ou cinco.
Aí os carros que tinham carroceria
eles encheram atrás e colocaram mais duas pessoas no capô do carro, os
que não tinham carroceria eles colocaram no capô e pendurado nas portas, eu fui
no capô de uma Pajero sem carroceria.
Seguiram sentido Alto Alegre [do Maranhão],
quando chegou na entrada de São Luís Gonzaga tinha umas viaturas e começou um
tiroteio muito grande, eu simplesmente esperei a morte, pois passou um tiro a
mais ou menos 5cm de distância da minha cabeça.
Teve um cara que tava na mesma
Pajero, ele foi baleado na perna, e os pneus de uma Amarok que estava na frente
furou os pneus, então eles liberam os que estavam nas janelas da Pajero.
Eu e outro que estávamos no capô,
além dos que estavam na Amarok, passamos para a Pajero, então, na entrada de
São Luís Gonzaga fomos todos liberados. Os bandidos seguiram em outro carro de
carroceria cheio de reféns, mas liberaram eles depois do povoado Piratininga.
Depois que fomos liberados fomos nos
esconder no matagal, eu amarrei uma camisa pra estancar o sangue do ferimento
do rapaz que estava ferido. Eu e outro saímos por dentro do matagal pra
pedir ajuda na entrada, foi quando apareceram uns policiais.
Foi momento de muito terror. Os
reféns que foram liberados no Piratininga vieram a pé.
Os bandidos estavam com uma Scania
também com o dinheiro.
Cara, eu pensei que fosse pegar um
tiro, até agora estou com o ouvido zumbindo do tiro que passou ao lado da minha
cabeça.
ENTENDA O CASO: