100 mil mortos. E sabem o que é impressionante?
A cara de pau de quem quer usar o número para criar narrativa política.
São essas pessoas, as mesmas que usam caixões como palanque eleitoreiro, que pedem "mais amor" e se auto denominam "empatas"?
Estamos
sob estado de emergência desde 20 de Fevereiro. O Governo Federal
baixou o decreto antes que o primeiro caso fosse confirmado no Brasil.
Mas o brasileiro não consegue ficar sem rasgar a fantasia. Cancelar o
carnaval traria muito prejuízo, eles disseram. E dá-lhe empurra-empurra e
esfrega-esfrega, durante todos os dias de folia.
Verbas
não faltaram. Pelo contrário. Com toda a mídia massacrando o
presidente, em tempo integral, não se viu sequer uma reportagem em
hospital superlotado, com gente morrendo nos corredores, como sempre
fomos habituados a ver no Brasil, em épocas em que a única epidemia era a
de corrupção.
Com
total apoio do STF, governadores e prefeitos tomaram o controle da
situação. Fecharam as cidades e pararam o país, porque precisavam de
tempo para preparar o sistema de saúde, mas desmontaram hospitais de
campanha enquanto o povo ainda estava preso em casa.
Criaram
o caos. Milhões de empresas falidas, dezenas de milhões de
desempregados. E o Governo Federal pagando a conta do auxílio
emergencial, do seguro desemprego, mesmo com a arrecadação despencando
26%.
Ainda
assim, se medirmos com a régua certa, estamos reagindo melhor do que
países muito mais desenvolvidos. Para cada 100 mil habitantes, temos 48
óbitos. A Suécia tem 57, Itália 58, Espanha 61, Reino Unido 70 e Bélgica
86.
Entre
os "vizinhos" americanos, estamos praticamente empatados com os EUA,
com 49, e menos atingidos do que Chile, com 53 e Peru, com 64.
Em
um país continental e subdesenvolvido, que em 2020 ainda tem epidemias
de Dengue e pessoas morrendo de Sarampo, onde a burrice de governantes
chega ao ponto de, durante uma pandemia, decretar um rodízio de carros
na maior metrópole das Américas e, assim, fazer com que milhões de
pessoas se aglomerem no transporte público, os resultados poderiam ser
muito piores.
O
presidente disse, sim, que para a maioria dos infectados seria uma
"gripezinha". Disse, aliás, repetindo a fala de um médico renomado. E
não estava errado. Ao atingirmos 100 mil mortos, atingimos também 2
milhões de recuperados. A maioria, então, está viva e bem.
Mas
para a esquerda, ele é o culpado por cada um dos óbitos. Não Dória, que
liberou o carnaval dizendo que não havia motivo para pânico; não
Mandetta, que impediu que o SUS adotasse o protocolo de tratamento que
já estava salvando vidas na rede particular; não Witzel, com secretários
envolvidos em desvios das verbas para combate à pandemia; não a OMS,
que escondeu evidências, atrasou o alerta global e afirmou que era muito
cedo para o Brasil iniciar procedimentos de emergência; não o STF, que
deu plenos poderes a prefeitos muitas vezes semi-analfabetos; não o PT,
que tentou proibir judicialmente o remédio.
Com
51% dos brasileiros sem nenhum tipo de trabalho, segundo o IBGE, logo
veremos uma escalada de mortes pela violência urbana e demais
consequências da crise econômica. Para quem não consegue enxergar o
óbvio e precisa de evidências científicas, pode procurar os incontáveis
estudos sérios, que apontam a correlação entre o aumento do desemprego e
da mortalidade, como os realizados pela Universidade de Chicago,
Sorbonne, Harvard, London City Hall, U.S. Bureau of Economic Analysis,
entre outros.
Com
certeza, novamente, a culpa também será do Presidente. Não de Moro, que
fabricou uma crise política, propositalmente, no meio da pandemia; não
de Átila Iamarino, que usou sua "autoridade acadêmica" para deixar as
pessoas em pânico, espalhando a maior Fakenews sobre o caso; não da Rede
Globo, que estimulou desespero e incentivou o "lockdown", visando
atingir politicamente o governo eleito.
Honestamente,
me espanta o fato de que estas pessoas, que defendem apaixonadamente os
verdadeiros responsáveis por tudo que está acontecendo, consigam
colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente.
Torcem
contra o próprio país, na esperança de, com o caos, conseguirem
derrubar o único cara que, desde o começo, está dizendo que
consequências muito piores viriam; o "genocida" que não deixa faltar
recursos para a saúde; o "ditador" que é censurado por uma Corte
corrupta e briga com ministros para que o povo tenha liberdade.
Não sei se é inocência, doutrinação, vaidade ideológica ou se são apenas muito filhos da puta.
"Foge por um instante do homem irado, mas foge sempre do hipócrita." (CONFÚCIO).
Do Jornal da Cidade