Segundo
a petição assinada pelos advogados Antônio Mariz de Oliveira e Jorge
Urbani Salomão, “o sr. Presidente da República considera que estará
habilitado para a análise e para a deliberação sobre as questões
ofertadas até o final da presente semana (dias 9 ou 10).”
Os
questionamentos foram entregues nesta segunda (5) pela PF às 16h30 aos
advogados de Temer, que tinham um prazo de 24 horas para devolvê-los, de
acordo com a corporação. O prazo vencia às 16h30 desta terça.
No documento, endereçado ao ministro do STF Edson Fachin, relator do processo, os advogados dizem que “o exame das perguntas é tarefa mais complexa do que a de elaborá-las”, e que a análise das 82 perguntas “imporá
um grande esforço de S. Excelência, que não poderá descuidar das
obrigações inerentes ao cargo, dentre as quais a de cumprir a sua
carregada agenda, marcada por compromissos que lhe ocupam mais de quinze
horas por dia.”
As perguntas
fazem parte do depoimento que o presidente irá prestar por escrito no
inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) a que responde por suspeita
de envolvimento nos crimes de corrupção e obstrução à justiça.
A
defesa cita também que as perguntas da PF foram elaboradas antes da
conclusão da perícia da gravação da conversa de Temer com o empresário
Joesley Batista, dono da JBS, que assinou acordo de delação premiada com
a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Segundo os advogados, Temer desejaria responder depois da perícia, já que as perguntas estão “diretamente
vinculadas ao pedido de abertura do presente inquérito, constituindo a
sua principal razão, sendo pois de fundamental importância para a sua
defesa.”
Mariz e Urbani também dizem que, enquanto Temer teve apenas 24 horas para enviar suas respostas, “a
Autoridade Policial demorou seis dias para a elaboração dos quesitos,
pois recebeu os autos em 30 de maio de 2017 e os devolveu em 05 de
junho”.
Fonte: UOL
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