A classe política do Maranhão começou a colocar as barbas de
molho depois da ingratidão e humilhação impostas ao deputado federal
José Reinaldo Tavares pelo governador Flávio Dino e que levaram o
ex-governador ao rompimento com o Palácio dos Leões. Aliás, são várias
vítimas que vão de Jackson Lago, Eliziane Gama, Waldir Maranhão,
Sebastião Madeira e Luciano Genésio, sem contar com outros inúmeros
prefeitos.
O
episódio mais recente deixou todo mundo de cabelo em pé. A única pessoa
que não deveria ser apunhalada pelas costas era exatamente o criador Zé
Reinaldo. O Maranhão ficou careca de saber que ele criou o político
Flávio Dino, quem o elegeu deputado federal e ajudou a fazê-lo
governador.
Tavares aguardou até o último dia 24 deste, sábado,
quando anunciou que não suportava mais a indecisão pela escolha de seu
nome como segundo candidato do governador para o Senado. Na verdade, por
tudo que fez ao cidadão Flávio Dino, era pra ter sido escolhido o
primeiro nome.
Ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, que
deixou de seguir com o candidato do grupo Sarney para apoiar Flávio Dino
em 2014, também é outra vítima da ingratidão. Desde que assumiu, Dino
não ajudou a gestão de Madeira e ainda fez de conta que ele não existe.
“O
governador Zé Reinaldo foi o responsável pela entrada do Flávio [Dino]
na política. Ele não tinha um voto no Maranhão […] Não tinha um voto. O
governador Z’Reinaldo chamou Humberto Coutinho e disse: ‘é para apoiar o
Flávio Dino’. Chamou o Tema e disse: ‘é pra apoiar o Flávio Dino’.
Chamou o Rubens Pereiria, de Matões: ‘é para apoiar o Flávio Dino’. Ele
tirou 120 mil votos, ele não tinha nenhum. E agora, o governador Zé
Reinaldo quer ser candidato ao Senado não ouvido, nem cheirado”, disse Madeira em recente entrevista.
Em
2010, quando a disputa para governador aconteceu entre Roseana, Jackson
Lago, e Flávio Dino, o atual governador espalhou pelos quatros cantos
do Maranhão que Lago era ficha suja e que se fosse eleito seria
novamente cassado.
A candidatura de Jackson Lago ficou reduzida e
Flavio Dino cresceu, mas Roseana acabou vencendo no primeiro turno. Foi o
início da carreira de traidor político do atual governador.
Em
2012, Eliziane Gama tinha plena certeza de que seria candidata de Flávio
Dino para a Prefeitura de São Luís, assim como Tadeu Palácio, que
liderava as pesquisas. Qual nada! Dino optou por Edivaldo Holanda
Júnior.
Waldir Maranhão acabou se expondo ao ridículo quando
dirigia a Câmara Federal ao atender um apelo do governador Flávio Dino.
Ele simplesmente anulou a sessão que resultou no impeachment da
presidente Dilma Roussef, sob a promessa de que seria candidato do
governador para o Senado. Dino mostra claramente que quer distância do
“aliado” Maranhão.
Com Luciano Genésio, o governador convenceu o
então candidato a prefeito de Pinheiro a desistir em nome de um aliado
do Palácio dos Leões. Genésio aceitou por um dia e depois retomou a
campanha, que saiu vitoriosa.
Blog do Luis Cardoso
BRASIL – Na manhã desta quarta-feira, 14 de
fevereiro, na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), foi aberta oficialmente a Campanha da Fraternidade (CF)
2018. Este ano, a Campanha trata da “Fraternidade e a superação da
violência”. O presidente da entidade, cardeal Sergio da Rocha, e o
secretário-geral, dom Leonardo Steiner, receberam autoridades para o
evento: a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen
Lúcia, o coordenador da Frente Parlamentar pela Prevenção da Violência e
Redução de Homicídios, deputado Alessandro Molon, e o presidente da
Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Carlos Alves Moura.
Mensagem do Papa
O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Luís Fernando da
Silva, leu para os presentes no evento a mensagem enviada pelo papa
Francisco: “O perdão das ofensas é a expressão mais eloquente do amor
misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos
prescindir. Às vezes, como é difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o
instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade
do coração, a paz. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência
e a vingança é condição necessária para se viver como irmãos e irmãs e
superar a violência”.
No final da Mensagem, papa Francisco pediu: “Peço a Deus que a
Campanha da Fraternidade deste ano anime a todos para encontrar caminhos
de superação da violência, convivendo mais como irmãos e irmãs em
Cristo. Invoco a proteção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida sobre o
povo brasileiro, concedendo a Bênção Apostólica. Peço que todos rezem
por mim”.