Marcelo
Odebrecht disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro, divulgado nesta
quarta-feira (12), que destinou milhões para o “amigo”, codinome
referente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Primeiro, ele cita
o depósito de R$ 35 milhões e depois fala em R$ 40 milhões. A conta,
diz Odebrecht, era gerida pelo ex-ministro petista Antonio Palocci.
“É
tão inverosímil as acusações, é tão irreal as acusações, que eu não vou
rir, nem vou chorar. Eu vou analisar corretamente, vou conversar com os
advogados, pegar o processo, ler cada peça do processo para que a gente
possa chegar no dia certo e dizer claramente o seguinte: a delação tem
que ser provada”, disse Lula.
“Ontem,
houve mais um absurdo: a delação do Marcelo Odebrecht. Eu até
compreendo que o Marcelo está preso há dois anos, até compreendo que ele
tem família fora, que ele deve estar comendo o pão que o diabo amassou,
que talvez ele esteja tentando criar condições para sair da cadeia”, declarou em outro trecho da entrevista.
O
depoimento de foi prestado na segunda-feira (10), em ação penal da Lava
Jato que envolve Antonio Palocci, o ex-presidente do Grupo Odebrecht,
Marcelo Odebrecht, e outros 13 réus. Nesta quarta (12), o juiz Sérgio
Moro retirou o sigilo dos interrogatórios dessa ação.
Na entrevista à rádio nesta quinta, Lula disse estar “muito tranquilo”. “Eu
continuo desafiando qualquer empresário brasileiro, qualquer
empresário, a dizer que um dia o Lula pediu R$ 10 pra ele ou alguém. Se
alguém pediu em meu nome, a pessoa que pediu tem que ser presa, porque
eu nunca autorizei ninguém a pedir dinheiro em meu nome”, afirmou.
“Eu não posso ficar nervoso, eu não posso perder a cabeça com cada coisa dessa”, disse. “Hoje
eu vou conversar com os advogados, vou começar a ler a peça e vou me
preparar para o meu depoimento. E a vida continua, vou continuar fazendo
política. O dia que alguém provar um erro meu, ou R$ 10 ilícitos na
minha vida, eu paro com a política”, completou.
Fonte: G1 SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário