As 25 pessoas de origem africana que estavam na embarcação
resgatada ontem no alto mar entre o Ceará e Maranhão e acabaram sendo
levados para o cais de São José de Ribamar, passaram cinco dias sem
comer e os dois brasileiros que estavam juntos tiveram prisão decretada
em flagrante pela Superintendência de Polícia Federal. Eles são
suspeitos de tráfico internacional humano e estariam levando os
africanos para trabalho escravo no Sul e Sudeste do Brasil.
O
barco (Catamarã) passou 35 dias à deriva depois de uma ventania forte
que causou avarias. Desde então, a única alimentação era um resto de
biscoitos e ainda que havia na embarcação. Para os refugiados, a
promessa de bos empregos no Brasil.
Dois brasileiros (cariocas)
que guiavam os passageiros, ficaram presos na Superintendência da PF,
em São Luís, e os 25 africanos estão alojados no Ginásio Costa
Rodrigues, até que seja decidida amanhã a deportação.
Confira a nota abaixo da Superintendência da PF local:
NOTA
A
Superintendência de Polícia Federal no Maranhão informa que desde ontem
(19) vem realizando esforços conjuntos com o Governo do Estado do
Maranhão e a Marinha do Brasil, para receber um grupo de 27 pessoas (25
estrangeiros e 2 brasileiros) resgatadas por um barco pesqueiro na costa
do estado.
Preliminarmente apurou-se que os estrangeiros
são oriundos da África, possivelmente de cinco nacionalidades: Senegal,
Nigéria, Guiné, Serra Leoa e Cabo Verde, e desembarcaram no Cais do
município de São José de Ribamar na madrugada de domingo (20), onde
receberam alimentação, assistências médica, psicológica e social.
A
Polícia Federal prendeu em flagrante os dois brasileiros que
acompanhavam o grupo e instaurou inquérito policial para apurar possível
prática de tráfico internacional de pessoas praticado contra os
estrangeiros resgatados.
A PF também avalia a situação
jurídica dos mesmos no país e à partir de amanhã, segunda-feira (21),
iniciará os procedimentos de controle migratório.
Comunicação Social PF/MA
Blog do Luis Cardoso
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