O
presidente Michel Temer vai anunciar o segundo reajuste do Bolsa
Família na sua gestão no próximo dia 1º de maio, Dia do Trabalho.
O
percentual do ajuste, entretanto, ainda será definido numa reunião que
deve acontecer amanhã, com representantes do Planejamento e do
Ministério do Desenvolvimento Social, que administra o benefício. Um
reajuste para repor a inflação de 2017, de 2,95%, teria custo de R$ 1
bilhão.
O ex-ministro do
Desenvolvimento Social, Osmar Terra, tentou divulgar o aumento enquanto
ainda estava na pasta – antes do dia 7 de abril – para deixar o reajuste
como uma de suas bandeiras. O impasse em torno do percentual, no
entanto, acabou atrasando o aumento.
O
anúncio no dia 1 de maio será usado por Temer como mais uma bandeira
dos feitos de seu governo e auxiliares estão recomendando que o
presidente aproveite a data para alcançar um público interessado com o
anúncio.
O último reajuste do Bolsa
Família foi de 12,5%, concedido em 2016, logo após a posse do presidente
Michel Temer. O programa beneficia atualmente 13,8 milhões de famílias,
com renda por pessoa entre R$ 85,01 e R$ 170,00 mensais, desde que
tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos.
No
último dia 16, o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse que o
reajuste ainda estava sendo estudado e que seria preciso avaliar se
haveria espaço fiscal para aumento neste ano. Colnago esteve em uma
reunião no Planalto na última segunda-feira, quando Temer pediu que
Planejamento e MDS batessem o martelo sobre o percentual do reajuste
possível até amanhã.
Participaram
desta reunião na segunda com Temer, além de Colnago, o ministro da Casa
Civil, Eliseu Padilha; a ministra substituta do Desenvolvimento Social,
Tatiana Alvarenga; a diretora de Programa do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, Joelma Medeiros; o secretário do Orçamento
Federal, George Soares; e o vice-presidente de Governo da Caixa
Econômica Federal, Roberto Barreto.
Fonte: Estadão
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