Nesta
primeira etapa, o desvio envolve um volume de R$ 18 milhões de recursos
federais entre 2015 até 2017, portanto, da gestão do governador Flávio
Dino.
Mesmo depois de três operações na Saúde,
todas detectaram os desvios, a prática criminosa não parou e nenhuma
providência foi tomada para brecar os ilícitos. Eram pagamentos de folha
“extra” e gratificações abusivas para servidores da Saúde ou manter
pagamentos para apadrinhados políticos por OSCIPs ou empresas
contratadas para manter o esquema.
De
forma descarada, o Governo do Maranhão passou que “os fatos têm origem
no modelo anterior de prestação de serviços de saúde e que tem adotado
medidas corretivas em relação a esse modelo”, mas depois foi
desmascarado pela PF, MPF e CGU, durante entrevista coletiva.
Foram
cumpridos 17 mandatos de prisão temporária, sendo um de funcionário do
alto escalão e outro de ex-secretária adjunta e 28 de busca e apreensão,
envolvendo diretores, tesoureiros e administradores de organizações
sociais e empresários que também pagavam propinas para os apaniguados do
esquema.
O
primeiro gordo contracheque que chamou a atenção da investigação foi da
enfermeira Keiliane Silva Carvalho, que recebia mais de R$ 13 mil
morando na cidade de Imperatriz. Ela é amiga e protegida do secretário
Márcio Jerry, o homem forte do governo comunista.
A
partir daí novas descobertas foram surgindo, como a existência de 424
pessoas incluídas indevidamente na folha sem a prestação de serviços em
hospitais. O esquema cresceu logo no início do governo, ao ponto do
então secretário de Saúde, Pacheco, alertar e acabou sendo exonerado,
como deu em primeira mão o Blog do Luis Cardoso.
O esquema, conforme a CGU, funcionava da seguinte maneira:
- 1- Pessoas que possuíam um salário recebido pela função contratada, mas ganhavam um salário extra pago por fora do contracheque, em desvio direto de verbas públicas na denominada “folha complementar”;
- 2 – Pessoas que eram indicadas para serem contratadas e recebiam sem realizar qualquer trabalho (funcionários fantasmas);
- 3 – Desvio de verbas através do pagamento a empresas de fachada, supostamente especializadas na gestão de serviços médicos.
Blog do Luis Cardoso
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