BRASÍLIA (Reuters)
- O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que é
inaceitável que a crise por conta da pandemia com o coronavírus seja
utilizada para palanque político ou para tirar recursos do governo,
renovando o apelo para que seja vetado trecho de projeto que tira
algumas categorias do funcionalismo de regra de congelamento salarial.
"Passamos
um ano e meio tentando reconstruir. Quando estamos começando a decolar,
somos atingidos por uma pandemia. E vamos nos aproveitar de um momento
como esse, da maior gravidade, de uma crise de saúde, e vamos subir em
cadáveres para fazer palanque?", afirmou ele.
"Vamos
subir em cadáveres para arrancar recursos do governo? Isso é
inaceitável, a população não vai aceitar. A população vai punir quem
usar cadáveres como palanque", completou.
Guedes afirmou ser inaceitável que haja tentativa de saque de um gigante que está no chão, em referência à situação do país.
"Nós
queremos saber o que podemos fazer, de sacrifício, para o Brasil nessa
hora. E não o que o Brasil pode fazer por nós", afirmou.
"E
as medalhas são dadas após a guerra, não antes da guerra. Nossos heróis
não são mercenários. Que história é essa de pedir aumento de salário
porque um policial vai à rua exercer sua função? Ou porque um médico vai
à rua exercer sua função? Se ele trabalhar mais, por causa do
coronavírus, ótimo, ele recebe hora-extra", completou.
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