quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Justiça proibe divulgação de pesquisa fraudulenta paga pela Mais FM em Vargem Grande

A ação foi protocolada pelo Partido Verde, através dos advogados Fernando Oliveira e Júnior Castro.



O Juiz Paulo de Assis Ribeiro, da 50ª zona eleitoral determinou nesta terça-feira (15), a suspensão imediata da divulgação do resultado da pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Econométrica em Vargem Grande. O resultado, segundo dados do TSE, estava previsto para ser divulgado a partir desta quarta-feira (16), porém, foi impugnado devido irregularidades que podem alterar o resultado da intenção de votos, o que resultaria em Pesquisa Fraudulenta.

Contrata pela Mais FM, empresa comandada pelo empresário Léo Felipe, responsável pelo carnaval milionário de Vargem Grande, a pesquisa revelou em seu plano amostral, apenas 90% dos entrevistados, o que não deixa dúvidas da irregularidade.


“Considerando que a soma desses percentuais é igual a 90% (noventa por cento) do total de entrevistados e o único resultado possível de uma pesquisa verídica é de 100% (cem por cento), só nos resta a conclusão que, na melhor hipótese, a metodologia aplicada é ineficaz e o resultado da pesquisa realizada viola a lisura do processo eleitoral sendo inútil para a finalidade que se apresenta” diz parte da decisão que estipulou multa de R$ 20 mil reais        para quem desobedecer a decisão judicial.


A ação foi protocolada pelo Partido Verde, através dos advogados Fernando Oliveira e Júnior Castro.


Para evitar divulgação irregular da pesquisa sem confiabilidade, o juiz também determinou a intimação de veículos de comunicação do município. “Para evitar manobras que visem a divulgação do resultado da pesquisa, cujo conteúdo não expressa confiabilidade e se encontra suspenso, intimem as rádios sediadas na cidade de Vargem Grande/MA, com cópia desta decisão, e a advertência de que não deverão divulgar o resultado ou fazer menção ao seu conteúdo.” Concluiu o magistrado.


Essa é a primeira pesquisa registrada no município e já criou polêmica desde a sua contratação, feita pelo Mais FM, empresa comandada por Léo Felipe.

Segue a decisão:







 

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