Incrível como governantes só reconhecem o talento e a contribuição
que os seus artistas deram ao seus estados e país depois que eles
morrem.
Ontem,
o governador do Ceará, Camilo Santana, decretou luto de três dias pela
morte do cantor Belchior. E mais: na rede social, homenageou o artista.
“Recebi
com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense
Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e
um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no país, com
mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história,
agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a
arte do nosso Ceará e do Brasil”.
Ora, Belchior ficou
penando vários anos sem ajuda de ninguém e muito menos de governadores
do Ceará; exceto de amigos pessoais. O artista comeu o pão que o diabo
amassou nos últimos tempos sem sequer ter sido convidado para fazer
parte de programação cultural do ceará e ganhar um dinheirinho.
Nosso
João do Vale morreu na penúria, na miséria financeira, para ser mais
verdadeiro, amparado apenas pelos familiares. Já nos últimos tempos,
ainda muito lúcido, não tinha seu nome incluído nas programações
festivas maranhenses. Mas quando morreu, os governos pegando carona e
enaltecendo o artista.
“Sempre foi assim/ E assim será”, como diz o poeta, cantor e compositor Milton Nascimento
Blog do Luis Cardoso
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