segunda-feira, 1 de maio de 2017

De João do Vale a Belchior, governos só os reconhecem após a morte

Incrível como governantes só reconhecem o talento e a contribuição que os seus artistas deram ao seus estados e país depois que eles morrem.

Ontem, o governador do Ceará, Camilo Santana, decretou luto de três dias pela morte do cantor Belchior. E mais: na rede social, homenageou o artista.
“Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no país, com mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará e do Brasil”.
Ora, Belchior ficou penando vários anos sem ajuda de ninguém e muito menos de governadores do Ceará; exceto de amigos pessoais. O artista comeu o pão que o diabo amassou nos últimos tempos sem sequer ter sido convidado para fazer parte de programação cultural do ceará e ganhar um dinheirinho.
Nosso João do Vale morreu na penúria, na miséria financeira, para ser mais verdadeiro, amparado apenas pelos familiares. Já nos últimos tempos, ainda muito lúcido, não tinha seu nome incluído nas programações festivas maranhenses. Mas quando morreu, os governos pegando carona e enaltecendo o artista.
“Sempre foi assim/ E assim será”, como diz o poeta, cantor e compositor Milton Nascimento
 Blog do Luis Cardoso

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