Senador
do PSDB estava afastado do mandato desde 18 de maio, por decisão de
Edson Fachin. Tucano discursou por mais de 20 minutos, criticou delação e
foi aplaudido por senadores.
Ele
estava afastado desde o dia 18 de maio, por decisão do ministro Edson
Fachin, do Supremo Tribunal Federal, com base na delação de executivos
da JBS. Segundo o Ministério Público, Aécio solicitou e recebeu do
empresário Joesley Batista R$ 2 milhões que seriam utilizados para pagar
seus advogados em inquéritos da Lava Jato. Em troca, Aécio atuaria em
favor da JBS no Congresso Nacional.
Além
disso, Fachin entendeu, com base nas investigações do Ministério
Público, que, em razão do mandato, Aécio poderua usar seu poder para
atrapalhar as investigações da Lava Jato.
Ele
retornou ao Senado nesta terça, após o ministro Marco Aurélo Mello
derrubar o afastamento, em 30 de junho. Na decisão, o ministro contestou
os argumentos da Procuradoria Geral da República de que Aécio usaria o
poder do cargo para interferir nas investigações. O ministro também
considerou que o afastamento do senador era uma medida que colocava em
risco a harmonia entre os poderes Legislativo e Judiciário.
“Inicio
este pronunciamento dizendo que retorno à tribuna com um conjunto de
sentimentos que podem parecer contraditórios, mas retratam a
profundidade das marcas que o episódio de afastamento do mandato deixou,
não apenas em mim, mas em minha família e em todos aqueles que
acompanham meus mais de 30 anos de vida pública”, disse Aécio em
plenário.
“Dentre todos esses sentimentos, está a indignação com a injustiça”, complementou.
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