Parlamentares e líderes de movimentos bolsonaristas figuram em inquérito aberto no Supremo para apurar autoria de atos contra a democracia
O inquérito aberto nesta terça-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, investiga
um grupo formado por pelo menos três deputados federais e líderes de
movimentos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que estariam
diretamente envolvidos na organização dos atos ilegais do fim de semana
contra a democracia.
Investigadores
ouvidos pelo Radar relataram ter reunido “indícios veementes de
autoria” contra os parlamentares que, além de “participarem ativamente”
da organização dos atos, contaram com ajuda de pessoas de fora do
Parlamento para conspirar contra as instituições da República.
Os
investigadores ainda miram em outras duas deputadas bolsonaristas que
teriam envolvimento no caso. Elas, no entanto, não estariam, nesse
primeiro momento, na lista enviada ao STF. A prioridade dos
investigadores é delimitar, em todo o país, a rede bolsonarista que se
formou no submundo das redes para alimentar o discurso golpista.
É
nesse caminho que os investigadores esperam que o ministro Alexandre de
Moraes, que já atua na investigação de fake news e ataques ao STF,
aprofunde os trabalhos contra o grupo bolsonarista fazendo o cruzamento
dos elementos colhidos neste momento com outras provas de atuação ilegal
nas redes dos bolsonaristas.
Um
importante investigador relatou ao Radar que os elementos reunidos no
inquérito ainda não fundamentariam pedidos de prisão, mas apenas de
buscas. “Mas não tenha dúvida de que iremos pedir a prisão, se os
elementos para tal medida surgirem”, diz um investigador. Revista Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário