Em
uma situação extrema como o isolamento social provocado pelas medidas
preventivas ao novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, o ser
humano tem a oportunidade de mostrar o melhor de si. Em Santa Quitéria,
cidade a 350 km da capital São Luís, uma idosa de 87 anos se
sensibilizou com a falta de máscaras, que são Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) e viraram peças raras no mercado. Dona Bernarda Costa
resolveu dedicar o talento na costura para ajudar a combater o vírus.
A
contribuição da idosa está longe de ser em larga escala, mas sobra em
amor ao próximo. A maranhense confecciona as máscaras costurando em TNT
(uma espécie de tecido que não é tecido) colocados em elásticos. A ideia
é doar para os vizinhos que também estão no grupo de risco da doença -
entre eles idosos, hipertensos e diabéticos, por exemplo.
É importante ressaltar que as máscaras de profissionais da saúde precisam ser esterilizadas e ter um filtro, mesmo aquelas que são fabricas em TNT, o mesmo material que está sendo usado pela dona Bernarda.
Além
disso, o médico infectologista Francisco Ivanildo Oliveira Júnior,
durante participação no Bem Estar, chamou a atenção que as máscaras caseiras podem não ser tão eficazes para prevenção ao coronavírus.
"Sobre
máscaras improvisadas, e temos visto muitos tutoriais delas na
internet, elas não funcionam. Quando a pessoa começa a respirar dentro
daquela máscara, ou principalmente falar, ela vai ficar úmida
rapidamente e vai perder a eficácia. Nem papel, tecido ou qualquer outra
forma improvisada", disse.
Solidariedade
A
publicação que mostra dona Bernarda costurando as máscara foi feita em
uma rede social no domingo (22) e a repercussão logo atraiu costureiras
voluntárias. No fim da noite de segunda (23), a professora compartilhou
nas redes sociais um vídeo em que, junto com voluntárias, impermeabiliza
o TNT usado nas máscaras de dona Bernarda. Mais de mil máscaras foram
cortadas pelas voluntárias.
G1
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