Uma
manifestação de vaqueiros do Maranhão foi realizada na manhã desta
terça-feira (11), em frente à sede da Assembleia Legislativa do
Maranhão, na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no Cohafuma, em São Luís. A
reclamação foi por conta da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
que definiu a vaquejada como crime ambiental, inviabilizando a prática
do esporte centenário com destaque no Nordeste. Protestos semelhantes e
no mesmo horário foram registrados em outros estados.
O ato público foi para pressionar os parlamentares maranhenses a se
manifestarem nesta discussão. O pedido é bem simples: que a vaquejada
seja legalizada.
“Na nossa opinião, a vaquejada não foi analisada como deveria. Ela
tem que ser vista como uma tradição nordestina, uma grande festa. A
vaquejada ela gera emprego e tem famílias que sobrevivem desta festa há
mais de 100 anos”, declarou Moacir Neto, um dos vaqueiros na
manifestação desta manhã.
A ação do STF decorreu de uma lei cearense, que regulamentava a
modalidade. A votação foi apertada e por 6 a 5, os ministros decidiram
que o movimento nordestino tradicional era inconstitucional.
Os argumentos contrários ao STF pregam, principalmente, que além de
tradicional, os eventos de vaquejada movimentam muito dinheiro com a
geração de emprego e renda durante todo o ano. Dizem também que os
animais são sofrem maus-tratos.
“Os animais que fazem parte da vaquejada são tratados com insumos
agrícolas produzidos pela população do campo. Os cavalos são bem
tratados e as pessoas que cuidam desses animais dependem da vaquejada. É
inconcebível que você retire o emprego das pessoas. A partir do
impedimento desse esporte, as pessoas vão passar necessidade já na
próxima semana. Aqui no estado, mais de 700 empregos serão perdidos”,
disse.
Contra a vaquejada votaram, além do relator da ação, Marco Aurélio,
os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Celso de Mello, Cármen
Lúcia e Ricardo Lewandowski. Os cinco votos favoráveis foram de Edson
Fachin, Gilmar Mendes, Teori Zavascki, Luiz Fux e Dias Toffoli. O
julgamento começou em agosto de 2015 e teve desfecho no início do mês de
outubro de 2016.
Do G1
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