quinta-feira, 19 de junho de 2014

CORPUS CHRISTI » Programação religiosa deverá reunir cerca de 5 mil católicos no Estádio Nhozinho Santos

"Celebrar a ceia eucarística é a celebrar a presença de Jesus em nosso meio",diz arcebispo de São Luís, Dom Belisário
A alimentação é uma das coisas mais importantes e imprescindíveis para a vida humana, a exemplo da ceia, momento de união em que as pessoas reúnem, conversam, interagem. Este será o foco da celebração de Corpus Christi, comemorado hoje com uma vasta programação pela Igreja Católica, que trabalha o tema ‘A Eucaristia nos faz Igreja’. É esperada a participação das 53 paróquias que integram a Catedral da Sé e um público médio de cinco mil pessoas no Estádio Nhozinho Santos, a partir das 15h, com a acolhida. Às 17h, a missa solene presidida pelo Arcebispo de São Luís, Dom José Belisário. Pela manhã, serão realizadas missas nas diversas comunidades católicas.
 
A Eucaristia é uma celebração em memória da morte e ressurreição de Jesus Cristo, também denominada Comunhão, Ceia do Senhor e Refeição Noturna do Senhor. “Celebrar a ceia eucarística é a celebrar a presença de Jesus em nosso meio”, exemplifica Dom Belisário.

Dom Belisário ressalta as diferenças na celebração, de acordo com as igrejas. Nas denominadas ‘reformadas’ é seguida a tradição da Santa Ceia, com maior efeito na simbologia da data e foco no momento da celebração. “Na católica tradicional tem-se a ideia da presença sacramental de Cristo entre nós, sendo algo que vai além da celebração pontual”, explica o arcebispo. A rigor, a participação na Eucaristia é restrita aos que são batizados, rito que data da época dos apóstolos de Cristo e descrito na Carta de São Paulo. “Tem-se que, após o batismo, a pessoa passa a pertencer a uma família e assim, é acolhida na celebração”, reitera. Os não batizados, chamados catecúmenos, são simpatizantes que participam da celebração como ouvintes.

A Eucaristia pode ser entendida de três formas, segundo enumera Dom Belisário: como um memorial da história de Cristo; como um sacrifício, que lembra o sofrimento de Jesus; e como uma festa de alegria e união cristã. “Todos os cristãos se envolvem nesta solenidade, pois a cruz é uma realidade humana que se tornou um símbolo de redenção. Quando a pessoa adere, o sofrimento próprio toma o sentindo de recomeço”. Em sua fala na missa solene, o arcebispo destaca que chamará atenção ao cenário de fome por que passam milhões de pessoas no mundo. “Nesse sentido, a Eucaristia vem atuar como denunciante e a Igreja Católica está preocupada e fortemente comprometida com a mudança desta situação”, afirma o arcebispo de São Luís. 

Missa, orações e caminhada
A programação conta com uma grande e procissão luminosa percorrendo ruas do Centro (Rua Doze, Avenida Getúlio Vargas, Rua Grande, Travessa Galpão, Avenida de Castro, Rua Rio Branco, Rua da Paz, Rua do Egito, Avenida José Sarney e Avenida Dom Pedro II até a Catedral da Sé), onde o arcebispo dará a bênção do Santíssimo Sacramento. É orientado que os participantes levem velas para a solenidade.

Durante a procissão haverá duas paradas para oração e reflexão na Igreja Nossa Senhora do Carmo e outra na Igreja de São João Batista. Seguindo a tradição, será produzido um grande tapete com serragem de madeira, pó de café, corantes, cal e areia, na Avenida Dom Pedro II. O tapete é montado com desenhos que fazem alusão à figura de Cristo, do pão, do cálice e de símbolos da religiosidade católica. Esse costume surgiu em Portugal e veio para o Brasil com os colonizadores e hoje faz parte da fé e das tradições dos católicos. Estão previstos também shows de bandas católicas
  
Celebração
O termo Corpus Christi é de origem latina e significa ‘Corpo de Cristo’. A comemoração é realizada sempre na quinta-feira após o dia de Pentecostes. A celebração teve origem em 1243, na Bélgica, no século 18, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o Papa Urbano IV, através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja.
 
A procissão com a Hóstia consagrada, conduzida em um ostensório pelas ruas, é datada de 1274. Porém, segundo historiadores, foi na época barroca que a tradição ganhou força.
Informações do Jornal O Imaprcial

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