O post publicado abaixo: “Tubarão espadarte de 5 metros e 500 kg é capturado por pescadores de Raposa“, repercutiu grandemente entre Biólogos e Mestre em Biodiversidade e Conservação de todo o Estado.
Em contato com o blog, o Professor da
UFMA – Universidade Federal do Maranhão, Jorge Nunes, fez importantes
esclarecimentos à respeito do peixe capturado nas primeiras horas desta
quarta-feira 10/06.
De acordo com o professor, não se trata
de um tubarão, mas sim de uma espécie de arraia ou raia, conhecida como
espadarte. O animal com mais de cinco metros e pesando entre 500 a 600
kg foi pescado na zona costeira do Município de Alcântara após
ficar preso à rede de pesca.
Ana Paula Barbosa Martins, Bióloga e
Mestre em Biodiversidade e Conservação, também fez alguns
esclarecimentos ao blog, acompahe abaixo:
Olá, Domingos! Gostaria de fazer algumas considerações importantes sobre a matéria acima:
– O espadarte, peixe cartilaginoso da família Pristidae, na verdade é uma raia e não um tubarão.
– Não é agressivo e existem pouquíssimos registros de incidentes entre esses animais e seres humanos.
– Encontra-se em declínio
populacional drástico no mundo todo, sendo considerado pela IUCN
(International Union for Conservation of Nature) um animal criticamente
ameaçado de extinção.
– A captura desse bicho e o comércio
de sua carne, barbatanas e da espada são terminantemente proibidos no
Brasil desde 2004 e, de acordo com as normas da CITES (Convention on
International Trade in Endangered Species), também no restante do mundo.
– De acordo com as leis nacionais e
internacionais de conservação, a ação desses pescadores foi totalmente
irregular e deveria ser fiscalizada pelo IBAMA.
Saiba mais
À semelhança dos tubarões espadarte, a
raia espadarte, grupo que existe até hoje, também possui um
prolongamento frontal repleto de dentes, chamado rostrum, utilizado para vasculhar o fundo do mar à procura de alimento ou golpear e empalar pequenos peixes usados em sua dieta.
Esta nova espécie de raia possui farpas nos dois lados dos dentes, o que é uma característica nova para as formas extintas. Fonte: blog Domingos Costa
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