Inicialmente, o medicamento será
disponibilizado para a rede particular de laboratórios. Definido o
preço, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS vai
avaliar se vale a pena incorporar o produto ao sistema público de
imunizações. O governo vai avaliar custo, efetividade e impactos
epidemiológico e orçamentário da incorporação da vacina ao Sistema Único
de Saúde.
A vacina é indicada para pessoas entre 9 e
45 anos e protege contra os quatro tipos do vírus da dengue. A promessa
do fabricante é de proteção de 93% contra casos graves da doença,
redução de 80% das internações e eficácia global de 66% contra todos os
tipos do vírus. O medicamento deve começar a ser vendido no país no
primeiro semestre de 2016 e a capacidade de produção do laboratório é de
100 milhões de doses por ano.
O imunizante deve ser aplicado em três
doses, com intervalos de seis meses, porém, de acordo com a diretora
médica da Sanofi, Sheila Homsani, a partir da primeira dose o produto
protege quase 70% das pessoas. “A vacina tem eficácia a partir da
primeira dose, protegendo em torno de 70% dos imunizados. A necessidade
das outras doses vem porque a proteção vai caindo com o tempo, não se
mantém sem as outras duas. A proteção só se mantém por muitos anos
quando se tomam as três doses”, explicou Sheila.
No começo deste mês, o México foi o
primeiro país a registrar a vacina contra a dengue da Sanofi, por
enquanto, a única registrada no mundo. Em seguida o produto teve
liberação nas Filipinas. O Brasil é o terceiro país a ter o registro do
imunizante. O desenvolvimento clínico do produto envolveu mais de 20
estudos, e mais de 40 mil participantes, entre crianças, adolescentes e
adultos, em 15 países.
Dados do Ministério da Saúde mostram que
até a primeira semana de dezembro, 839 pessoas morreram em decorrência
da dengue, um aumento de 80% em relação a 2014.
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