sexta-feira, 9 de junho de 2017

Nicolao Dino leva descompostura de Gilmar Mendes no TSE


O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, levou uma descompostura, há pouco, do ministro Gilmar Mendes, durante o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na reabertura dos trabalhos, agora à tarde, Dino arguiu o impedimento do ministro Admar Gonzaga, sob o argumento de que, em 2010, ele trabalhara como advogado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Usando as palavras do relator do processo, ministro Herman Benjamin, o vice-procurador disse que a corte está julgando a “ocorrência de uma relação de trato sucessivo” – referindo-se ao fato de que as condutas vedadas praticadas em 2014 também ocorreram na campanha anterior – e que, por isso, Gonzaga não deveria participar do julgamento.
Gilmar Mendes reagiu com irritação.
“O Ministério Público tem que se pautar pelo princípio da lealdade processual. Não pode surpreender o tribunal. Esse fato não é conhecido do Ministério Público neste momento. É preciso que o Ministério Público assuma seu papel e respeite o tribunal. Não se pode agir coagindo o tribunal e fazer o jogo de mídia. O senhor trouxe uma questão que está sendo colocada nos blogs de agora à tarde”, disse o ministro, que ainda ironizou, questionando se o representante da PGR não iria pedir também a cassação do ex-presidente Lula (PT), “por ter participado da eleição e tudo mais”.
“Sempre atuei pelo princípio da lealdade”, rebateu Dino, ressalvando que o caso foi tratado em blogs após o voto do ministro.
Em sua defesa, Admar Gonzaga disse que antes de assumir o posto no TSE desde 2013 já não atuava mais em processos eleitorais.
Blog  do Gilberto Léda

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