Com
a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),
que autorizou abertura de 76 inquéritos para investigar pessoas citadas
nas delações da Odebrecht, subiu para 195 o número de investigados na
Corte a partir da Operação Lava Jato.
Antes das decisões, 109 parlamentares, ministros e outros envolvidos eram investigados no STF.
Entre
os parlamentares que serão processados no Supremo Tribunal Federal
estão 16 nomes do PT, 14 do PMDB e 11 do PSDB. Todos foram citados nos
depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira, uma das
maiores doadoras para campanhas políticas no país.
Aécio e Jucá
Os
presidentes do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e do PMDB, senador
Romero Jucá (RR), são os que acumulam o maior número de pedidos de
investigações, cinco ao todo. Renan Calheiros (PMDB-AL) foi citado em
quatro inquéritos envolvendo a Odebrecht e passou a responder a 12
investigações na Lava Jato.
Os
inquéritos podem levar pelo menos cinco anos e meio para chegar a uma
conclusão. O tempo é estimado pela Fundação Getúlio Vargas Direito Rio
para que um processo criminal envolvendo autoridades com foro
privilegiado seja finalizado.
Com a
abertura da investigação, os processos devem seguir para a
Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Polícia Federal (PF) para
que sejam cumpridas as primeiras diligências contra os citados. Ao
longo da investigação, pode ser solicitada a quebra dos sigilos
telefônico e fiscal, além do depoimento dos próprios acusados.
Fonte: EBC
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