“Tem preso que já saiu dezesseis vezes. Sai e volta, sai e volta”.
Esta afirmação é da juíza Ana Maria Almeida Vieira, titular da 1ª Vara
de Execuções Penais – VEP, declarada hoje ao se manifestar sobre a saída
temporária concedida a 361 presos que cumprem pena em regime semiaberto
e que apresentam bom comportamento carcerário.
Esse total de apenados está livre desde a
manhã desta quinta-feira (5) até a próxima quarta-feira (11) por conta
da saída temporária do Dia das Mães.
Conforme afirmou a magistrada, de fato
alguns voltam, mas outros não e até reincidem no mundo do crime, embora
ela não associe a taxa de evasão a cada saída com um possível aumento de
ocorrências cometidas pelos beneficiados.
O interessante é que aqueles que saem e
retornam recebem durante cerimônias realizadas pela VEP na Penitenciária
de Pedrinhas um ‘DIPLOMA’, uma espécie de prêmio ao apenado.
“A Lei de Execuções não
prevê apenas punições para os que não retornam, mas também recompensas
para os que cumprem o estabelecido”, disse a juíza Ana Maria.
Ela afirma ainda que:
“muitas pessoas criticam a concessão do benefício, mas não sabem o que
é. Não têm parente preso. Quando têm, mudam totalmente o posicionamento.
Preso é gente. Cometeu um crime, mas foi julgado. Está cumprindo pena”.
O fato é que a saída temporária jamais
foi vista de forma positiva pela sociedade civil que se sente ameaçada
com a possibilidade de se tornar vítima de um desses rescindentes do
crime.
A sensação de insegurança tem
incomodado toda a população e isso fortalece as críticas sobre o
benefício gerando polêmica em comunidades.
Por Minard
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