Gritos de “golpista” e “fora, Cunha”,
ocupação da Mesa Diretora por deputadas, sessão suspensa, troca de
acusações. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a
causar polêmica ao insistir em uma votação, na qual saíra derrotado
inicialmente, até ver a proposta que apoiava ser aprovada. Em sessão
tumultuada, que só terminou na madrugada desta quinta-feira (28), os
deputados aprovaram, por 221 votos a 167 e uma abstenção, a criação de
duas novas comissões permanentes: a de Defesa dos Direitos da Mulher e a
de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.
A confusão começou por volta das 20h,
após Cunha declarar rejeitado o requerimento de retirada de pauta do
projeto que criava os novos colegiados, contrariando a maioria do
plenário. Liderados pela bancada feminina, diversos parlamentares
acusaram o presidente da Câmara de manobrar e promover um “golpe” em
plenário. Elas protestaram contra a exclusão de temas considerados
prioritários para as mulheres, como direitos reprodutivos e aborto, do
âmbito da nova comissão.
Cunha ignorou o apelo das deputadas, que
tomaram a Mesa Diretora e as duas tribunas diametralmente opostas do
plenário. Dessa maneira, impediram que o deputado João Campos (PRB-GO),
relator do projeto e aliado de Cunha, pudesse usar um dos microfones e
dar continuidade à sessão – o peemedebista se mantinha decidido a manter
aprovação da matéria. Campos é um dos coordenadores da bancada
evangélica.
Veja o momento em que as mulheres “destituíram” Cunha da Mesa:
Fonte: Congresso em Foco
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