O Globo
Condenado
a 37 anos de prisão pela Justiça do Maranhão, o fundador da seita
Mundial, Donato Brandão Costa, de 45 anos, foi preso na noite de
terça-feira em Petrópolis, onde mora há cerca de três anos com cerca de
15 pessoas, a maioria maranhense e seguidora da doutrina. Donato ficou
conhecido após ser preso pela castração de três jovens seguindo um
“ritual de preparação espiritual” que os tornaria arcanjos.
Segundo
a delegada Juliana Menescal, da 105ª DP (Petrópolis), ele cumpriu dez
anos de pena e foi beneficiado pela progressão do regime fechado para o
aberto. A pena de Donato Brandão termina em 2036. Além da delegada
Juliana, participaram da prisão os delegados Alexandre Ziehe, titular da
105ª DP, Renato Rabelo e Pedro Judice. A Polícia ainda não sabe se a
seita estava em atividade na Região Serrana do Rio.
Ele cursava o
9º período de Direito numa faculdade de Petrópolis e foi preso em sala
de aula. A Vara de Execuções Penais do Maranhão determinou a regressão
do regime para semiaberto e solicitou à Justiça fluminense a expedição
de mandado de prisão. Donato Brandão já foi encaminhado para o Complexo
Penitenciário de Gericinó, em Bangu. A Justiça do Rio ainda não informou
o motivo da regressão de regime.
De acordo com os autos do
processo, os crimes aconteceram em São Luís, em 1994, quando Donato
Brandão forçou três jovens a praticarem atos libidinosos através de
ameaças. Ainda de acordo com o processo, ele formou uma espécie de
centro comunitário e usava a suposta função de guia espiritual para ter
domínio sobre os frequentadores do local.
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