A Frente Parlamentar Mista em Defesa da
Democracia com a assinatura de 32 senados e 186 deputados foi
protocolada na tarde desta quinta-feira (14) e anunciada pela deputada
federal Luciana Santos (PE), presidenta nacional do PCdoB, em coletiva à
imprensa no Salão Verde da Câmara. Aos jornalistas, a deputada disse
que o número de contrários ao impedimento da presidente Dilma Rousseff
(PT) pode ser maior, porque nem todos que são contra o impeachment
assinaram a frente.
De acordo com o requerimento de criação da Frente, o coletivo se propõe a atuar na defesa da democracia como princípio. “Essa
Frente Parlamentar tem objetivo de sinalizar, para fora e dentro da
Casa, sobre o significado desse impeachment. Não é qualquer fato. É uma
situação institucional grave para o país, não é só disputa política. É
preciso que se leve em conta o fundamento de uma iniciativa dessa
natureza. Sem crime de responsabilidade, esse processo é golpe”, disse a
deputada.
A comunista criticou a tentativa da
oposição de “criar um ambiente psicologicamente negativo, mas ele não é
real”, ressaltando ainda que “não tem efeito manada, aqui não tem boi,
não tem gado, tem pessoas de consciência política.”
O líder do PCdoB na Câmara, deputado
Daniel Almeida, disse que a "consciência política de que o processo de
impeachment da presidenta Dilma Rousseff não tem fundamento jurídico é
que deve guiar os votos, anunciando que a bancada do PCdoB votará em
bloco contra o golpe".
“Todos estarão em plenário para
manifestar sua vontade contra o impeachment, que é um processo viciado
com sucessão de manobras para tentar interferir no resultado e
caracterização de um processo que não tem legitimidade jurídica e
tentativa de usurpar o voto popular”, falou Daniel Almeida.
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