As declarações feitas em Carta aberta
pelo Capitão da Polícia Militar do Acre, Alen Marcos Ferreira, de 41
anos, enviado para atuar na Força Nacional na segurança das Olimpíadas,
deixaram muitos militares revoltados.
Alen foi baleado de raspão no Rio de
Janeiro ao entrar com mais dois agentes da FN por engano na Vila do
João, uma comunidade dominada por traficantes, no último dia 10. Os
policiais foram atacados numa localidade conhecida como Boca do Papai.
Um dos agentes, Hélio Andrade, foi ferido gravemente e acabou morrendo.
Policiais do Acre acusam Alen de ter
abandonado o militar baleado deixando o local onde ocorreu o ataque
evitando um confronto com bandidos. Ele saiu de lá, segundo relatos,
depois de pegar um táxi.
Veja alguns comentários feitos em grupos da PM do Acre:
“Cap Alen. Era melhor ele ter ficado
calado. Não mudou nada esse depoimento dele. Ele só confirmou o que
todos nós já sabíamos.Todos nós acreanos estamos tristes. Não
compactuamos com isso jamais!! Sabemos que nunca devemos abandonar um
irmão. Só nos resta (nós acreanos) pedir desculpas por um ato ridículo
desse, mas isolado e que muito nos envergonha!!!”
“Que nunca envergonhemos nossa fé, nossa família ou nossos camaradas…”
“Longe de querer julgar, mas o fato
é, todos nós temos família. Sabemos o quanto significa esse alicerce
para cada um de nós… Mas a partir do momento que ingressamos na polícia,
principalmente a militar, onde o contato com o perigo é muito maior,
sabemos dos riscos e do juramento que fizemos… Principalmente quem faz
parte de uma unidade de operações especiais, sabe que deixar um
companheiro para trás, independente da situação, não faz jus, é
abominável… Nada contra o guerreiro, mas seria mas honroso, não ter
escrito essa mensagem, pois não justifica… Fica aqui minha
opinião. Sei que foi um caso isolado, pois o guerreiros do Acre são
forjados e honrados, e meu respeito e admiração ao guerreiro do Piauí,
que não abandonou sua equipe… Força e Honra!”
Abaixo, a carta do Capitão PM do Acre, Alen, justificando sua atitude.CARTA ABERTA pdf-1
Ouça aqui, o relato do 1º Sargento da PMMA, Wilson Dias, divulgado pelo Blog, sobre a ausência e falta de coragem do capitão.
Em tempo…
O velório do soldado de Roraima, Hélio
Vieira Andrade, de 35 anos, ocorreu nesta segunda-feira (15) na Câmara
Municipal de Boa Vista, marcado por comoção e homenagens de familiares,
amigos e colegas da corporação. O sepultamento foi no fim da tarde no
Cemitério Campo da Saudade, no Rio.
“Ele, para nós, significa muito. Ele é o nosso herói, o herói do Brasil. Ele morreu como um herói”, disse Marcos Vieira, irmão do soldado.
Blog do Minard
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