quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Aliados de Flávio Dino, sindicatos jogam contra servidores

O Governo do Maranhão decidiu alterar o calendário de pagamento dos salários de mais de 110 mil servidores públicos estaduais para o mês sub-sequente. E os principais sindicatos, que abrangem todas as categorias, permanecem cegos, surdos e mudos.
O funcionalismo público anda chiando barbaridades por que terá que pagar todos os seus compromissos com juros. A data por eles acertada em lojas, estabelecimentos escolares, planos de saúde e até os empréstimos bancários, era sempre até o dia 30 ou 31, por que recebiam os salários dentro do mês trabalhado.
Mas, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado do Maranhão (SINTSEP), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estaduais e Municipais do Estado do Maranhão (Sinproesemma), Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, Associação dos Policiais e Bombeiros Militares, Sindicato dos Agentes Penitenciários e o dos Delegados de Polícia Civil estão todos mudinhos, mudinhos. Por uma simples razão: todos apoiaram e pediram votos para Flávio Dino. E agora estão todos com a cara entre as pernas.
No ano passado, a Secretaria de Administração Estadual estabeleceu o pagamento da folha para o mês seguinte. A reação das entidades classistas foi imediata. Preocupada, Roseana Sarney determinou o retorno do calendário que agrada ao funcionalismo e não prejudica o Estado.
O atual governo prometeu que o antigo calendário de pagamento será retomado mas não disse em que prazo. Flávio Dino alega crise financeira, mas não sabe explicar como e quanto vai gastar na execução de obras para recuperar as ruas e avenidas de São Luís.
Enquanto isso, milhares de famílias estarão no prejuízo, com pagamentos de juros, sem contar, que só receberão o salário de dezembro em 5 de janeiro de 2016, muito depois do Natal e do Ano Novo.
No cálculo eleitoral de qualquer candidato um voto do trabalhador e esteio da família vale por cinco. Sendo assim, não serão apenas 110 mil funcionários públicos que estarão revoltados, e sim mais de meio milhão de eleitores.
Se esse eleitorado ao menos sonhasse com essa punhalada, Flávio Dino estaria mais uma vez chorando uma eleição perdida.

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