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Um homem movido pela fé em nome dos filhos. Assim pode ser definido o mecânico, caldeireiro e operador de plataforma, de 34 anos, Domingos Jenilson. O nome é escrito com a letra J mesmo, pois segundo ele é “diferenciado”, até nisso. Por onde passa o mecânico chama a atenção e aguça a curiosidade das pessoas pelo número de terços que carrega no corpo.
Segundo Jenilson, os adornos religiosos fazem parte de uma promessa para os filhos João Felipe de 4 anos e Andressa, de 9 anos. O mecânico contou que deverá usá-los pelo tempo de um ano e meio até que a promessa se cumpra. “A minha promessa está com seis meses. Ainda falta um ano para que eu possa realizá-la da forma que eu me comprometi com Deus. Estou com quatro terços. Cada um tem um significado e a medida que a promessa vai se cumprindo eu vou acrescentando um terço pelo corpo”, explicou Jenilson, revelando que ao todo deverá usar nove terços.
Quando decidiu fazer a promessa, uma de suas companheiras (sim porque ele se relaciona com três “esposas” de nomes Valéria, Wivian com W e Teresa), questionou-lhe, chamando-lhe de “doido” e que o mesmo deveria deixar a loucura dessa promessa de lado. Sem discutir, ele apenas explicou que a promessa era para seus filhos, e que isso era motivo suficiente para que ela entendesse. “Pode até parecer grosseiro, mas não devo satisfação a ninguém, somente aos meus filhos que são a coisa mais importante da minha vida”, ressaltou o mecânico.
Jenilson que recentemente estava trabalhando na área do porto em Belém no Pará contou ainda que apesar das pessoas olharem ele de forma estranha, disse não ter encontrado nenhum preconceito. “Nem meu chefe, nem o meu pai e nem ninguém me disse absolutamente nada quando resolvi usar os terços”, disse ele. O mecânico acrescentou ainda que mesmo trabalhando em outro estado retorna a São Luís cada três meses para “dar uma assistência” às companheiras que sabem da existência uma da outra e que na relação dele com elas não há espaço para a inveja e o ciúme.
Além dos terços pelo corpo, Jenilson ressaltou que seu amor e apreço pela família é tão grande que para homenagear o pai Manoel, tatuou o nome dele no braço esquerdo. Já o nome da mãe Teresa, ele tatuou nas costas altura do pescoço e o nome da filha em Chinês na parte lateral do braço. “Esta foi a forma que encontrei para dizer que eu os amo. E que a promessa que fiz para os meus filhos fazem parte da minha fé e de tudo que eles me ensinaram”, disse Domingos Jenilson em tom emocionado.
Sobre os motivos que o levaram a fazer uma promessa desta natureza, o mecânico disse que não pode revelar, pois se contar, a mesma não se cumpre. “Um dia um homem me parou e perguntou se eu sabia o nome dos santos que estavam nos terços que eu carregava. Respondi que sabia, mas que não podia dizer os nomes de jeito nenhum”, contou ele. Domingos Jenilson só adiantou que a promessa que fez se cumprirá no cais de São José de Ribamar e que só depois da mesma acontecer é que ele pode revelar o segredo. Enquanto isso, Domingos Jenilson carrega seus mistérios pelas ruas de São Luís chamando a atenção pelos terços que lhe envolvem o corpo. Fonte: O Imparcial
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