segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Pedreiro sobrevive a uma queda de oito andares

Para a família, só a religião explica como os três filhos homens da dona de casa Jucelaine de Castro Brito sobreviveram a quatro acidentes graves. Jader de Castro Brito, de 26 anos, ainda se recupera da queda do oitavo andar de um prédio em Bento Gonçalves, 18 anos após sobreviver a um capotamento. Além dele, seus irmãos mais novos Ralf Israel da Silva e Ciro Carlos Brito sobreviveram ao ataque de um leão e à colisão entre um carro e caminhão, respectivamente.
Natural de Restinga Seca, Jader mora há quatro anos em Bento e há três trabalha como pedreiro. Na última sexta-feira 13, ele carregava tijolos com um colega quando o elevador de carga despencou acima do oitavo andar de um prédio em construção. Ele fraturou três vértebras da coluna, os dois calcanhares, sofreu uma lesão no pulmão e teve traumatismo craniano, mas sobreviveu sem sequelas graves.
— Não é uma coisa boa de ser contada — diz Jader, com um sorriso.
pedreiro
Como aconteceu o acidente ele não sabe ao certo. Jader conta que o elevador apresentava problemas e seria trocado no dia seguinte. Instantes antes da queda, lembra de ter passado pelo oitavo andar. Em algum ponto antes do décimo andar a roldana trancou, estourando o eixo e fazendo com que os dois pedreiros despencassem junto com a carga de tijolos.
Quando foi retirado do local por um colega, Jader afirmou que sentia dores nas costas. Depois disso foi levado para o Hospital Tacchini, onde ficou internado na UTI até sexta-feira passada. O pedreiro, estudante do curso Técnico em Edificações, ficou três dias em coma, passou por cirurgia na coluna e deve realizar mais uma operação nos pés na próxima semana. Mesmo assim, a família se considera sortuda.
— Agora vou chegar em casa e vou comprar pimentinha, arruda, comigo-ninguém-pode. Vou plantar tudo em volta de casa. Olha o que estou passando — diz a mãe.
DO ZERO HORA, COM EDIÇÃO DO GI PORTAL

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